terça-feira, 16 de junho de 2009

Modo Stand-by


"Nunca mais escreveste no blogue", disse-me o meu lover há pouco. Pois não. A verdade é que não tenho nada para dizer. Não que não me tenham acontecido coisas engraçadas nos últimos tempos, não porque não se tenha passado nada (eu e minha gde migazinha até tivemos a primeira discussão, vejam lá!), não porque não tenha sentido nada. Sim, tenho sentido. Sim, tenho passado momentos engraçados. Sim, têm acontecido outras coisas não tão agradáveis. Mas a verdade é que o que tenho sentido é mais do mesmo. E não me apetece escrever aqui coisas engraçadas, só para dar a entender que está tudo uma maravilha e que a minha vida é uma curte. E também não me apetece divagar e dissertar sobre a minha tristeza, ou a minha insatisfação, ou a minha frustração, ou o meu vazio. Também não posso dizer que tenho andado completamente em baixo. Não. Até ando bem disposta. Estou assim a modos que em stand-by.

terça-feira, 9 de junho de 2009


"A alma resiste muito mais facilmente às mais vivas dores do que à tristeza prolongada"
Jean Jacques Rousseau

segunda-feira, 8 de junho de 2009

sábado, 6 de junho de 2009

PSYCHO!


Nos últimos dias tenho sentido que ninguém deve andar mais fodido da mioleira que eu. Mas, para minha felicidade, descobri que há gente com os cornos num estado ainda mais lastimável que os meus. Bastou-me uma noite na Fábrica do Braço de Prata para ter clara noção disso. Ora, depois de um dia com o Tico e o Teco à porrada um com o outro, bora lá beber um copo e ouvir um sonzinho porreiro e relaxante para desanuviar. Programa: Matthew Goodheart e convidados. O cenário parecia porreiro: Piano, violino, violoncelo, arpa, instrumentos de sopro...Trés bien!, pensámos nós. Mas não. Nada disso. Os jovens começam a tocar e os meus pêlos a levantar. Nunca tinha visto tamanhos assassinos musicais! Aquilo parecia um concurso para ver quem conseguia lixar mais o instrumento e fazer o som mais irritante! De facto, não sei qual deles merecia o prémio. Era do género de um filme de terror dos anos 50, mas em pior. E mais desafinado. E o mais engraçado foi ver os homicidas musicais com cara de quem está em transe e numa dimensão intelectual muitoooo à frente. A plateia também era engraçada: Tudo com um ar muito sério, primeiro a ver quando é que eles paravam com aquele treino horrível e começavam a tocar, depois a ficarem cada vez mais petrificados com o horror daquilo. Até que alguém solta o primeiro risinho tímido de pânico (do género, parem com esta poluição sonora!). E no fim, era só vê-los sair. Nós inclusivé.
Só tenho pena de uma coisa: daqueles pobres instrumentos que não têm culpa nenhuma dos cornos daqueles gajos estarem todos fodidos, ou dos ácidos que andam a meter. Ai se houvesse uma associação de direitos dos instrumentos musicais...ai se houvesse!
DJIZAS!!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Reset

Porque é que as relações se tornam muitas vezes "minadas" por ressentimentos, mágoas, desgaste e saturação? Às tantas esquece-se o bom que une as duas pessoas e o mau ganha uma dimensão insuportável. Quando já não há pachorra, já não há espaço para a compreensão, quando o respeito fica reduzido a quase nada, quando quase já não há prazer.

E, quando se chega a esse ponto, como voltar atrás? Como "apagar" todos esses ressentimentos e mágoas e concentrar-se no que é bom? Como conseguir esquecer o que se ouviu e o que se disse nos dias anteriores e seguir em frente? Como voltar a ter o real prazer?

As relações são coisas muito estranhas. Irrita-me que duas pessoas que se adoram se desgastem de tal forma, muitas vezes com coisas estúpidas, que esquecem o quando gostam um do outro. Que permitem que os ressentimentos ganhem maior expressão do que o sentimento que têm pelo outro.

Nestas alturas, devia existir um botão reiniciar para voltar ao início e limpar o software de todos estes lixos que fodem a relação.