quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Cá vem ele...


Como quero estar bem disposta para abrir uma garrafa de um bom vinho, em boa companhia, não vou fazer nenhum balanço deste ano que (Thank God!) está a horas de acabar. Antes, vou aqui deixar os meus desejos para o novo ano. Ora, em 2009 quero:

- Conseguir chegar ao fim do mês com dinheiro na conta;
- Nunca mais fazer madrugadas;
- Fazer mais reportagem;
- Fazer mais entrevistas;
- Ter outra ocupação para além do emprego fixo;
- Encontrar o meu "ninho" e sair de casa;
- Fumar menos;
- Ter mais sexo;
- Continuar a adorar o meu lover;
- Tirar os "fantasmas" da minha vida;
- Iniciar uma terapia;
- Aprender a cozinhar (o básico que seja!);

E tantas outras coisas. Mas estas são as principais!

Já aqui tinha escrito que tenho um bom feeling em relação a 2009. Que algo me diz que vai haver muita coisa para descobrir e para viver. Se vai ser bom ou mau, não sei. Mas que 2009 vai ser para mim um ano de mudança, isso vai! No sentido literal do termo.
;)
Um grande 2009 para todos!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

domingo, 28 de dezembro de 2008

Frase do dia...em espanhol. Ou melhor, em português. Não, é mais espanholês.

"Já recebeste algum regalo estas fiestas ou não?"
Dita em pleno "Jornal da Noite" por um dos jornalistas mais broncos da estação de Carnaxide!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Hoje estou como o tempo...

...uma merda.

Recomendado!

Overpowered de Roisin Murphy
Muito bom!!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

"Paciência"


Saber Esperar. Quem sabe esperar o bem que deseja não toma a decisão de se desesperar se ele não chega; aquele que, pelo contrário, deseja uma coisa com grande impaciência, põe nisso demasiado de si mesmo para que o sucesso seja recompensa suficiente. Há pessoas que querem tão ardente e determinantemente certa coisa, que por medo de perdê-la, não esquecem nada do que é preciso fazer para perdê-la. As coisas mais desejadas não acontecem; ou se acontecem, não é no tempo nem nas circunstâncias em que teriam causado extraordinário prazer.

A partir de agora, vou passar a repetir isto para mim própria 100 vezes por dia. Pode ser que deixe de ser como sou...

Graças ao último post da Yin, fui encontrar aqui.

(In)fidelidades


A infidelidade é uma armadilha: primeiro abraça-nos e depois estrangula-nos!E a monogamia continua a não ser uma escolha, é uma vocação.E não é fiel quem quer, é fiel quem pode.



Retirado daqui.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Jingobé

Este ano, finalmente, tive um Natal normal (dentro do possível). 25 anos depois, não houve jantar com a família psico. Jantei apenas com a minha mãe e os meus irmãos. Yupiiii! Tranquilo e divertido. Abrir as prendas e conversar. Depois, claro está, "Bom Natal, vou trabalhar". Mas até aí tive uma coisa boa e diferente: a minha piquena famelga veio-me visitar ao trabalho e conhecer o estaminé. Foi giro.
A primeira consoada, depois de vários anos, que foi agradável e porreira. Sem fretes. Sem obrigações. Volto a dizer, sem família psico.
Dia 25. Acordar tarde. Picar o ponto na família do namorado. Voltar para a piquena famelga.
Ao chegar a casa, chorei. Fechada na casa-de-banho para que a minha mãe não me visse triste e a chorar no dia de Natal. Chorei pelos desejos frustrados, pelas coisas que não concretizei, pelo que gostava de ter tido este Natal e não tive. Pelo que tenho vivido este ano. Pelo que não vivi. Pelo que dificilmente viverei no próximo. Pela falta de expectativas. Pela falta de acreditar.
Lavar a cara, respirar fundo, sorriso 34 e abrir a porta. De volta à piquena famelga para comemorar o jingobé. Arrumar as prendas. Jantar fora. Voltar ao trabalho.
Just another normal day.
Para o ano há mais.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Ho Ho Ho!

Jingobé para todos!

:)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Pergunta do dia

"Porque é que o meu namorado é tão irritantezinho???"

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ano Novo, Vida Nova!

Hoje recebi um sms com uma notícia que me encheu de alegria como se tratasse de mim própria: Ao fim de largos meses de trabalho precário e pasmaceira, a minha grande migazinha arranjou emprego! Na área dela, numa empresa legítima e com tudo como deve ser. Ao receber o sms, pulei no carro, ri e gritei como se tivesse sido eu a ser contratada. Muito torci e pensei para receber este sms. Falámos de seguida ao telefone e gritámos: Caralhooooooooo!!!
Muito desejei que a minha gde migazinha finalmente tivesse uma oportunidade decente e que, assim, se pudesse reerguer e começar uma vida nova. Sair do buraco em que estava a entrar.
Depois de falarmos ao telefone, estive com ela e voltei a ver aquele olhar, aquela expressão que há muito tempo não via na sua cara. E que tinha muitas saudades! Estou mesmo feliz por ti migazinha! Tiveste, finalmente, a prenda de Natal que merecias!
Ainda no outro dia tinha dito "não sei porquê, mas acho que em 2009 a minha vida vai mudar". Depois desta novidade, fico ainda com maior esperança. É apenas um feeling mas, depois de um ano mau, chocho e desinteressante como foi para as três 2008, tenho a sensação que a minha vida e a das duas grandes minhas amigas (Migazinha e Yin) vai entrar nos eixos. E vai mudar...para melhor!

Preparem-se amigas, desta é que vai ser caralho!!!

Ontem tive o jantar de Natal da empresa. O restaurante, muito giro, boa comida (uma tarte de maracujá deliciosa!), bem decorado, tinha em grandes letras, escrito numa parede:

Todos los días la gente se arregla el cabello por qué no el corazón?


Pertinente. Digo eu.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Listinha

Como isto nunca se sabe, e pode ser que alguém desse lado esteja desejoso de me oferecer prendinhas, resolvi fazer uma lista das coisas que gostava de receber este Natal. Já que há mais de 15 anos que não escrevo ao Pai Natal...cá vai:
- Uma pen da Vodafone para que o meu lindo portátil esteja sempre online;
- Um espelho novinho em folha para o meu Ford Fiesta, do lado direito (obrigada aos putos estúpidos da minha rua por terem destruído o meu);
- Uma caneta Mont Blanc, de preferência preta;
- Perfume Miracle, de Lancôme;
- Umas botas Timberland de cano alto, castanhas;
- Um bilhete para ver Yann Tiersen em qualquer cidade europeia, com estadia incluída (a viagem dispenso, já que tenho à borlex);
- Um blusão de pele preto, cintado,tamanho S;
- A série 6 de L Word;
- Uma mala de viagem com rodinhas;
- Um conjunto da Intimissimi em tons de castanho ou rosa (o tamanho mais pequeno sff);
- Uma carteira onde caibam os meus 1500 documentos e papelotes.
E pronto. Acho que esta listinha já vos dá um leque variado de opções...É só aproveitar!

"há muita gente que não tem, não sabe, em quem votar"

Da entrevista de ontem do Manuel Alegre, a frase que, para mim, ganhou maior destaque foi esta.
Muito se pode discutir e criticar sobre a "alternativa à esquerda" que Alegre pretende encabeçar. Seja ela, ou não, materializável num novo partido político, ou apenas um movimento de reflexão e discussão, pode-se apontar muitas críticas e levantar muitas dúvidas. Mas, numa coisa, o Alegre está mais do que certo. Vivemos numa altura política fraca e sem expressão, incapaz de fazer com que os cidadãos se identifiquem com as forças políticas.
Temos uma direita interesseira, ultrapassada e velha. E uma esquerda sem o mínimo de credibilidade, um anti-poder, caratcterizada apenas por contestação sem efeitos práticos. E depois temos um centro que se confunde cada vez mais e que Alegre tem toda a razão ao dizer que os partidos que o compõem estão cada vez mais parecidos.
Vejamos:
- O CDS-PP ainda ontem perdeu 7 figuras, algumas delas de grande peso. Já ninguém aguenta aquela hipocrisia do Portas, que se "vende" consoante os seus interesses. Ou seja, a direita está cada vez mais afastada dos ideais actuais deste partido e, sobretudo, do seu líder.
- O PSD é aquilo que já se sabe. Está dividido internamente e tem uma líder incapaz de apresentar propostas e sem o mínimo jeito e carisma políticos.
- Temos um PS cada vez mais a virar à direita. Que se esquece do socialismo propriamente dito. E que está a cometer um grande risco de ser confundido com os grandes banqueiros e gente de poder (normalmente de direita).
- Um Bloco de Esquerda que é mais do mesmo. Contestação e não passa disso. Inconfiável para a governação.
- Um PCP velho, a cheirar a mofo, com militantes cada vez mais velhos. Incapaz de se inovar, de puxar as novas gerações. Sem réstias daquela força que o tornou herói nacional quando conseguiu deitar abaixo uma ditadura de mais de 3 décadas.
Perante isto, em quem votar? Em quem confiar para governar o país?
É triste não ver em ninguém, em nenhuma força política, a paixão pela política propriamente dita, pelos cidadãos, pelos ideais.
Estou a ler um livro de Irene Pimentel, uma biografia sobre um dos mais eficazes inspectores da PIDE do Estado Novo. E o que mais tem fascinado ao ler este livro, é a coragem, a força, a paixão, os "tomates" que aqueles militantes do PCP tinham e tiveram para lutar por aquilo que acreditavam para o país. Pondo em risco a sua vida, abdicando de família, de estabilidade. Tudo por um valor mais alto, por um ideal que tinham para as gerações futuras.
Seja à esquerda, ou à direita, já não existe nada disso.
Neste aspecto, admiro o Manuel Alegre e a sua "não desistência" pelos ideias em que acredita. A sua teimosia de pôr em prática os princípios que o apaixonaram na juventude, nunca desistindo deles.
Fico verdadeiramente triste por esta falta de expressão política. Por ver a grande maioria dos portugueses, sobretudo os da minha geração, a dizer "não percebo, nem quero saber nada de política. É tudo a mesma escória".
Se eu, uma jovem que não viveu nadinha da luta pela liberdade e pela queda da ditadura, sente isto...Imagino então quem viveu. A perfeita desilusão que este país se tornou.

Acho que nunca vou testemunhar uma força destas...


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Yes!

Já recuperei 3Kgs perdidos e alcancei o meu peso ideal: 53Kg!

It feels so good!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Planos para o Natal

Ao almoço constatei que apenas faltam 9 dias para o Natal...9 dias!!
De há uns anos para cá, o meu espírito natalício é cada vez menor e acho que este ano, o pouco que dele restava, já se esgotou completamente. Acho que o melhor Natal que tive (desde que já não sou criança) foi um na Madeira em que eu, o meu irmão e os meus primos fomos sair e apanhámos uma bezana de caixão à cova no dia 25. De resto, a noite de Natal sempre foi para mim uma seca, um jantar onde tinha de aturar a família psicótica da minha mãe e contar os minutos para que já fosse meia-noite, abrir as prendas e dar a bela da fuga. Para além de que odeio o dia 25. O querer ir beber um café e estar tudo fechado. O ter de ir almoçar, uma vez mais, à casa dos psicos dos meus avós. O apetecer-me ir jantar fora e não haver um único estabelecimento a funcionar.
Agora, tenho o álibi perfeito para não ter de papar com esses filmes. Este Natal, à semelhança do ano passado, vou passar a noite de consoada a trabalhar, a dar notícias (salvo seja) às poucas pessoas que estão sozinhas e que, por isso, não lhes resta outra coisa que não ver televisão e informar-se sobre quantos acidentes aconteceram nas estradas portuguesas na noite "mágica".
Escapo-me assim à seca da espera pela meia-noite e ao dito almoço, já que, como estou a madrugada inteira a trabalhar, não consigo acordar antes das 16h...Perfect!
E são estes os meus planos para a quadra natalícia que, para mim, de mágica tem muito pouco.
Ainda assim, gosto da parte de dar e receber prendas. Por isso, vou oferecer os tradicionais presentes, mas só aos mais chegados. E já comprei quase todos (falta só unzinho)! Também já recebi um grande presentão do meu lover (que guardo para um post futuro)!
E assim se vive mais um período histérico do Natal. Daqui a 11 dias já passou. Ufa!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Injustiças da vida

Todos os anos, por alturas natalícias, farto-me de ouvir as pessoas a dizer que acumulam em casa caixas e caixas de chocolates e bombons que são oferecidas, tanto que muitas acabam por passar de validade. Confesso que, sempre que oiço alguém a queixar-se deste "problema", me irrito solenemente e só me apetece bater na dita pessoa. Espancá-la mesmo! Não, torturá-la ao mais alto nível antes de a fuzilar.
Isto porque eu AMOOOOO chocolates. Devoro uma caixa de Guylian ou Ferrero Rocher, ou qualquer tipo de pralinés em menos de 10 minutos. E nunca recebo chocolates no Natal (tirando a D.Emilia do café onde vou deste catraia, que me oferece sempre uma caixinha de Ferrero). Alguém me consegue explicar porquê?! Se é das melhores coisinhas que me podem dar, porque ninguém me oferece? Porque teimam em oferecer a pessoas ingratas que deixam tais maravilhas a apanhar pó em casa até passarem do prazo?? Não é justo!!
Por isso, meus amores, sempre que me quiserem oferecer chocolates, estão à vontade. E como sei que estão aflitérrimos a pensar no que me vão oferecer no Natal, e como sou uma pessoa simpática, aqui fica uma ideia! Aqui mesmo. Be my guest!

E não é que existe?

vizinhar v. int. v. refl.

do Lat. vicinari

v. int.,
ser contíguo;
ser vizinho;
confinar;

v. refl.,
aproximar-se.

sábado, 13 de dezembro de 2008

"Boa tarde...

...Queria um café e um ginger ale".
Pergunta: Quem é que pede esta merda?!
Resposta: A Yin.
Deve estar queimadinha por ter descoberto que tem um namorado!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Os "picuinhas"

Dizem que as mulheres, quando se juntam, casam, etc, tornam-se chatas e manientas com a casa e a desarrumação. Ora, experimentem os homens habituados a viver sozinhos. São o que classifico de "picuinhas".
O PR viveu sozinho alguns anos. É uma pessoa arrumada, mas nada nerd ou daqueles gajos que arrumam as meias na gaveta por degradé de cores. É uma pessoa descontraída, normal. Mas, volto a dizer, viveu sozinho muitos anos. Há uns meses decidiu comprar casa com a namorada. Durante o almoço pergunto-lhe "e faz-te confusão partilhares o teu espaço depois deste tempo todo?". Ao que me responde "Ah, está a ser fixe, estamos a dar-nos muito bem. Mas confesso que há coisas que me fazem confusão". Começou por falar num copo que não é arrumado, na comichão que lhe faz sair de casa sem a loiça lavada e acabou a falar de dois cabelos que apanha no chão. Dois cabelos!!! Quem é que repara em 2 fios de cabelo no chão?! Resposta: um gajo habituado a viver sozinho. Ou seja, um "picuinhas".

Os "picuinhas", ao viverem sozinhos, ganham certos vícios, certas manias, certas rotinas que são deles e que, acreditem, são muito difíceis de quebrar. Coisas que, quem sai da casa dos pais para ir viver em conjunto, não repara, não vê, não tem consciência.

E parece ser um síndrome que ganha mais expressão nos homens do que nas mulheres. Eles conseguem ser mais "picuinhas" do que elas com o seu espaço. Parece que se torna numa espécie de santuário intocável, que é preciso proteger de todas as ameaças externas.

Onde foi parar a ideia dos homens que espalham garrafas de cerveja e migalhas pela casa?! A ideia da mulher chata que apanha o lixo do marido e lhe dá sermões por causa da desarrumação?! Já era meus amigos, acreditem!

Pelo andar da carruagem, acho que não vai demorar muito tempo para que os publicitários das marcas de produtos de limpeza comecem a mudar a estratégia de publicidade e a virar para este novo mercado tão promissor. A vender aos "picuinhas" todo o tipo de produtos para eliminar todas as pequenitas manchinhas do seu santuário.
É que os "picuinhas" conseguem ser mais desperate housewifes do que elas!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

"Fizeste as contas?"

Noite de segunda-feira. Finalmente folga. Jantar em casa de uma amiga, da faculdade, e com quem não estava há largos meses. Aproveitámos para que eu conhecesse a casa nova dela, que partilha com o namorado de longa data. Enquanto conversávamos na cozinha, e ela cortava os tomates para a salada, o namorado despede-se. Diálogo:
Ele - Vou-me embora amor.
Ela- Fizeste as contas? (sempre com os olhos fixos na faca que cortava os tomates)
Ele - Não...faço amanhã.
Ela - (com olhar de insatisfação, sempre fixo na tarefa que efectuava) Não venhas tarde hoje.
Ele - Sim, por volta das 23h estou em casa, ok?
Ela - Tá. Tchau. (continuando com os olhos fixos na faca e nos tomates que ía pondo na salada)
Ele - Beijinhos. (Vira as costas e sai)
E não. Não estavam chateados. Desde que me lembro da C., ela sempre foi assim com o namorado. Sempre a corrigi-lo, a dar-lhe indicações, a moldar o seu comportamento social. A criticar o jeito bronco que lhe é natural.
A C. não é única. Muitas mulheres assumem os namorados, maridos, companheiros, etc, como uma espécie de bichinho de estimação que é preciso educar. Pôr à sua medida. Como o filho que ainda não têm, ou como um outro para além dos que já são dela. Por isso, vão corrigindo todos os defeitos deles: "Estás a beber demais", "não digas disparates", "não faças isso", "tens de ser mais assim", "tens de ser mais assado", "volta para casa assim que saias do trabalho"...
E muitos homens procuram isso. Parece que têm uma espécie de necessidade de perpetuar o controlo que sempre tiveram em casa das mamãs. Uma rédea curta que os faz sentir confortáveis e seguros. Ao mesmo tempo que essa "trela" os sufoca, têm medo de viver sem ela.
Ao assistir a esta interacção em casa da C., senti um sufoco enorme. Uma comichão que me percorreu o corpo todo. Durante o diálogo, lembro-me de pensar "isto é tudo o que eu não quero para mim"! Não quero uma relação de "mãe-filho", de "educadora-educado", de "dominadora-dominado". Não quero ter um namorado como um filho que tenho de moldar para viver no meu mundo e na sociedade. Não quero um homem que procure isso. Não quero uma vida a dois onde tudo seja responsabilidades, tarefas, papéis definidos. Sem defeitos, sem falhas, sem espontaneidade. Onde o fundamental para unir duas pessoas (o gostar de verdade), passa para último plano.
Quero sim, a realidade. O gostar de verdade. A pessoa que o outro realmente é. Com as suas qualidades e, sobretudo, com os seus defeitos. Com o que o distingue e é diferente de mim. Que faça tudo aquilo que é dele, mesmo que eu não goste. Que aja natural e espontaneamente, sem condicionamentos. Sem pensar que eu o vou criticar. Quero que o outro seja ele próprio. Seja a pessoa por quem me apaixonei. Porque quando nos apaixonamos por outra pessoa, apaixonamo-nos não só pelas suas qualidades, mas também pelos seus defeitos, pelo que é diferente de nós. Se esses defeitos desaparecerem ou, melhor, se ficarem escondidos e camuflados, a pessoa torna-se noutra diferente daquela que nos encantou. E a paixão desaparece. É substituída por outra coisa que, na minha opinião, é o que subsiste na maioria das relações. É o que caracteriza a relação da C.
E que eu não gosto nem um bocadinho.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Não sei bem porquê...

...mas adorei esta foto. Encontrei-a enquanto preenchia os tempos mortos de trabalho a navegar na net. Gostei tanto que, ao fim de uma madrugada, tive de vir escrever este post!
Foi tirada pelo Carlos Vilela e pode ser vista aqui.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

"Solid...solid as a rock!"

Estava eu, em conjunto com a Yin, a comentar um post do Rui Mendes sobre a músiquinha do anúncio do Santander Totta quando, assim que cliquei "Publicar Comentário", começa a tocar na TV a "Solid...solid as a rock!". Está provado, esta música surgiu nas tv's e rádios para (e desculpem-me a expressão) foder a cabeça de uma pessoa!! Estou a trabalhar e, de 5 em 5 minutos, lá está: Solid...solid as a rock. Vou para casa, ligo a TV e, lá está: Solid...solid as a rock!!
Tal como o Rui constatou, nunca irei ao Santander Totta! E a razão é simples: como vou confiar o meu dinheiro a alguém que é tão estúpido ao ponto de escolher uma música para irritar os seus clientes ao mais alto nível?! Nunca! Sr publicitário do Santander Totta, se por acaso ler este blog, responda-me: O que raio anda na sua cabeça?! Júlio de Matos já! Ou então atire-se da ponte, também serve. Ou melhor, largue o Santander Totta e vá para uma farmacêutica que venda comprimidos para a diarreia! Assim sim, toma-se o comprimido e...Solid, solid as a rock!!
PS- Enquanto escrevia este post, a dita musiquinha passou 2 vezes na TV....Dassss!!!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Hoje foi um dia em que valeu a pena sair de casa já de noite...

...para ver isto!

E ao vivo estava bem mais bonito!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Quem sabe...

«Pelos mesmos caminhos não se chega sempre aos mesmos fins»

Jean Jacques Rousseau

Desafio - Lado yin

Depois de alguns dias a fazer a Sra. Yang esperar, eis a resposta ao desafio que me fez. Escolhi Caetano Veloso para responder às 10 questões que se seguem. Caetano porque gosto da voz, da música, das letras. E porque ilustra bem a vida que podia ser de qualquer um de nós.

1) És homem ou mulher? Carolina
2) Descreve-te: Saudosismo
3) O que as pessoas acham de ti? Mel
4) Como descreves o teu último relacionamento: Sozinho
5) Descreve o estado actual da tua relação: Feitiço
6) Onde querias estar agora? Itapuã
7) O que pensas a respeito do amor? Mortal loucura
8) Como é a tua vida? O samba e o tango
9) O que pedirias se pudesses ter só um desejo? Vida boa
10) Escreve uma frase sábia: Porquê?

Como acredito que já toda a blogosfera respondeu a este desafio, e que, portanto, não sobram bloggers para respondê-lo, fico-me por aqui. Outros desafios virão certamente!

domingo, 30 de novembro de 2008

My Precious!

A contar os dias para seres todo meu!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Ponto Final


Ao fim de largos meses a ser otária, finalmente fui cancelar a inscrição no ginásio. Sim, porque isto de pagar mais de 50 Euros por mês para ir mexer a peida uma vez de 6 em 6, é para quem tem muito dinheiro. Ou para quem é estúpido. Ora, no meu caso, só pode ser a última hipótese. Chegou, por isso, a altura de dizer "basta". Um atestado médico a dizer que não reúno de momento condições físicas e psicológicas para tamanho exercício físico e...voilá!
Sinto-me agora uma mulher mais inteligente! Mas, ao mesmo tempo, não deixo de sentir um pesozinho na consciência que me diz "Devias fazer exercício! Devias ter ficado! Quem sabe um dia não conseguirias conjugar os teus horários para, de uma vez por todas, vires com regularidade?!".
Pois que arranjei a solução para este dilema: Vou comprar um equipamento que me permita exercitar em casa!
Só não sei é quando o vou comprar, nem quantas vezes vou usá-lo...mas não perco a esperança!
PS- Se alguém quiser sugerir um equipamento espectacular para ter em casa...be my guest!

Contagem decrescente...

...para a maravilhosa massagem relaxante que vou receber amanhã!


;)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Desafio

A Matryoshka lançou-me o meu primeiro desafio neste blog. Consiste em escolher um artista ou uma banda, para responder a várias perguntas, com base nos títulos de canções do artista/banda escolhido. Ora, a minha escolha recai na Edith Piaf (por esta é que não esperavam!), e o resultado é este:

1) És homem ou mulher? Ella a dit

2) Descreve-te: Je hais les dimanches

3) O que as pessoas acham de ti? Heureuse

4) Como descreves o teu último relacionamento: Rien de rien

5) Descreve o estado actual da tua relação: Johnny, tu n´es pas un ange e L´effet qu´tu m´fais

6) Onde querias estar agora? Paris

7) O que pensas a respeito do amor? Si,si,si

8) Como é a tua vida? Le ciel est fermé

9) O que pedirias se pudesses ter só um desejo? La vie en rose

10) Escreve uma frase sábia: La fête continue

O desafio segue somente e apenas para o outro lado deste blog: toma lá Yin!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Help me Mr. Freud!

Normalmente não sou lá muito criativa. Pelo contrário. Mas criatividade é o que não me tem faltado enquanto durmo. Só para terem uma ideia, no outro dia sonhei que ainda estava na faculdade e tinha de apresentar um trabalho, que eu e as minhas colegas plagiámos de um outro, do ano anterior. Ok, so far so good. Mas, nessa faculdade, que estava replecta de gente, havia também uns peixinhos, com mais-ou-menos um metro de altura (sim, porque os peixes estavam em pé), que não só tinham um ar assustador, como falavam com as pessoas. Sim, peixes em pé que falam...E guess what? Eu era a única que não tinha medo deles!
Dias depois, pois que sonhei que, dentro da minha própria casa, tinha um tigre fémea e a sua cria, instalados no meu quarto. Estava tudo bem, até a tigre-mãe fugir do quarto e começar a perseguir-me pela casa. O meu namorado bem tentou pegar-me ao colo, mas a sacana da tigresse mordeu-me na mão. E doeu.
Esta noite, sonhei que a redacção onde trabalho (que até é grandita), tinha sofrido umas remodelações. Pois que estava com um terço do tamanho, com um aspecto de sala-de-estar e mais, tinha uma espécie de pub com música aos berros. Ninguém conseguia trabalhar.
Esquisito? Isto é só uma pequeníssima amostra dos 2001 sonhos que têm insistido em invadir a minha cabeça enquanto durmo. E cada um mais estranho do que o outro.
Dava-me muito jeitinho que o Dr. Freud ainda estivesse vivo...

"Julgar-se-ia bem mais correctamente um homem por aquilo que ele sonha do que por aquilo que ele pensa."
"Os Miseráveis", Victor Hugo

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Hoje o meu namorado disse-me...


..."És uma Nespresso com pernas!"


Ao menos posso ser uma cor-de-rosa?

Erro de Casting


Há uma pergunta que me tenho feito a mim própria nos últimos meses: Terão os militantes do PSD enlouquecido de vez? Assim todos ao mesmo tempo?? Estarão todos a sofrer de uma patologia bipolar com nuances de alzheimer e um tempero de esquizofrenia??
É que, para terem escolhido a Manuela Ferreira Leite para líder do partido, só pode!
A ex-ministra das finanças (que os portugueses tanto adoraram - isto é ironia, note-se!!) brindou-nos recentemente com mais uma das suas saídas maravilhosas. Já não bastava condenar os casamentos entre homossexuais, dizer que as obras só dão emprego aos ucranianos e cabo-verdianos, dizer que não deviam ser os jornalistas a escolher o que é notícia...tinha de vir ainda sugerir uma "piquena" pausa na democracia para fazer reformas. Ah e tal, ela estava a usar a ironia para criticar o governo. Sim, pode ser. Mas o cerne da questão é que não é admissível que a líder do maior partido da oposição cometa frases infelizes e gaffes semana-sim-semana-não. Não! Não é assim que se consegue apontar os erros do governo e apresentar-se como uma alternativa. Não é assim que ganha credibilidade perante o eleitorado. Não é assim que consegue fazer com que os portugueses confiem no partido que representa para liderar o país. Não, não e não!
Quando os militantes do PSD elegeram Manuela Ferreira Leite para presidente, perguntei "Mas estes senhores estão malucos?! Não querem vencer eleições, só pode!". Em primeiro lugar, porque todos nos lembramos (tirando os doentes de alzheimer), o quanto os portugueses odiaram a "Salazar de saias" (como foi apelidada) enquanto estava à frente da pasta das finanças. Logo aí, escolher uma pessoa completamente impopular para concorrer às legislativas, é um erro, e dos grandes. Em segundo lugar, escolher para candidata a primeira-ministra do país uma pessoa que não reúne a grande maioria das qualidades que são exigidas a um político, é outra falácia. A "Manela" não tem carisma; não é simpática; não é capaz de estabelecer empatia com as pessoas; não é comunicativa; não fala aos portugueses (fala para dentro do partido); não consegue estabelecer contacto visual com as pessoas, muito menos com uma câmara de televisão; é antiquada (cheira a naftalina); é estupidamente feia. São logo menos 50 por cento de hipóteses de vencer umas eleições.
Depois, ainda não consegui ouvir da boca da líder do PSD nenhuma proposta para o país. Das poucas vezes que fala (em comícios-para os militantes do partido, ou em escassas e vazias entrevistas), critica o governo, sim senhora. Aponta erros, sim senhora. Então..."mas afinal o que o PSD propõe?" Não se sabe. Acho que nem ela sabe. E, chegando a essa parte, vem o "não vou comentar".
E pior ainda, quando fala, não sai coisa boa. É o casamento que tem como objectivo a procriação, são os jornalistas que são uns anormais e que não ligam ao partido, são o raio dos imigrantes que vêm roubar os empregos nas obras públicas...Ou seja, realmente mais vale continuar a optar pelo silêncio a que tanto nos habituou.
Sinceramente, caros militantes do PSD (com as quotas em dia), pensem lá bem no que vão fazer à vossa vidinha! Não é que eu gostasse do Luís Filipe Menezes (aliás, o último "encontro" que tive com ele, não me deixou nada boa impressão), não é que eu achasse que ele seria capaz vencer o Sócrates nas eleições (de certeza que não)...mas sou obrigada a adoptar a expressão por ele usada: A Manuela Ferreira Leite é um erro de casting.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

(Des)amor

"Amar, é ver-se como um outro ser nos vê, é estar apaixonado pela nossa imagem deformada e sublimada"

In Um Americano Tranquilo Greene, Graham

A Yang disse-me uma vez, talvez não de forma clara e directa, mas de forma camuflada por entre as palavras, que os outros nos amam pela forma como os fazemos sentir. Ontem, a Miss, noutro contexto, dizia-me exactamente o mesmo. No fundo, amamos e somos amados, não por nós nem pelo outro. Não porque sou "eu" ou "tu" e porque cada pronome encerra uma individualidade sem comparação e passível de ser amada por si só. O que amamos é a imagem que tomamos aos olhos do outro. É o reflexo nesse espelho que nos encanta e que nos rende e que nos torna irremediavelmente egoístas!

Já alguém amou para além de si algum dia? Lord George Byron dizia que na sua primeira paixão a mulher ama o amante; em todas as outras o que ama é o amor. Talvez o único amor possível seja o primeiro. E porque nos outros o que amamos é o amor e não o amante, dependemos mais do que nunca dos seus olhos para nos vermos. Ficamos presos, acorrentados e cegos, totalmente subordinados à sua visão.

E se entre o egoísmo e a dependência nos cruzarmos com a liberdade, então talvez o Amor aconteça!

Os Pesos na Balança


No outro dia, conversava com a Yin sobre uma certa e determinada pessoa, sobre as suas qualidades e defeitos. E é inevitável, acabamos sempre por fazer uma listinha mental das características positivas e negativas das pessoas! E mais, constato que os aspectos negativos pesam mais do que os positivos. É mete-los numa balança e ver o negativo a dar um "bailinho" ao positivo!
E isto acontece em tudo na vida do ser humano:
"Tenho um emprego, faço o que gosto, até nem me safo mal...mas porra, odeio o horário!" E está riscado.
"O meu namorado apoia-me, preocupa-se comigo, é meigo, gosta de mim...mas porra, tem um feitio de merda!" Acho que não é para mim.
"Conheci um gajo giro, inteligente, simpático, divertido e até escreve bem...mas porra, é do CDS-PP! Não dá".
And so on and so on...
O negativo pesa o dobro do positivo. Os defeitos pesam 5 Kg, contra 2,5Kg das qualidades. Porque raio o ser humano faz isto?! É muito irritantezinho!
Quando olhamos, por exemplo, para as relações que já tivemos, o que nos vem primeiramente à cabeça é aquilo que faltava na relação, os problemas que vivemos, as discussões. Depois, se lá pensarmos bem e despendermos de 2 minutinhos para abrir o baú das memórias, lá encontramos os momentos bons vividos com a pessoa. E, se nos dermos ao trabalho de pensar mais 1 minutinho, ganhamos conta que os bons momentos foram 80 por cento da relação. Os maus, apenas 20. E, mesmo assim, são esses 20 por cento que chegam primeiro à cabeça.
O ser humano é mesmo um bicho imperfeito!
Ora, se calhar não seja má ideia, sempre que queremos "avaliar" uma pessoa, uma situação, um trabalho, uma relação...fazermos uma listinha com o + e o -. Se calhar aí percebemos que os aspectos positivos até superam os negativos.
Enquanto escrevia este post (que vale o que vale), lembrei-me de escrever o que penso ser as minhas qualidades e os meus defeitos. E cá vai o que me saiu:

Qualidades (começa-se sempre pelo bom!):
- Simpática (tirando quando estou de mau humor)
- Comunicativa (com quem quero...)
- Determinada
- Divertida (as minhas amigas pelo menos dizem que sim)
- Sincera
- Honesta
- Verdadeira
- Realista
- Positiva
- Inteligente (Esta é indiscutível!!)
- Confiável
- Leal (às pessoas de quem gosto)
- Bom coração
- Respeito pelo o outro
- Respeito por mim própria
- Madura em muita coisa
- Boa colega
- Trabalhadora
- Responsável
- Empenhada
- Batalhadora
- Boa auto-estima
- Visto-me bem (discreta, mas com estilo)
- Tenho uma cara considerada bonita
- um rabo fantástico
- umas mãos giríssimas
- e a Yin diz que eu tenho um sentido jornalístico "orgulhável"!

Defeitos (não devem ser muitos, mas...):
- Teimosa
- Amuo demasiado (já não faço birras no chão, o que já não é mau...)
- Mimada
- Preguiçosa
- Esquecida
- Desarrumada
- Gastadora
- Insegura
- Ansiosa
- Imatura em algumas coisas
- Às vezes desligada
- Perfeccionista em demasia
- Insatisfeita
- Farto-me rapidamente das coisas
- Exigente demais com os outros
- Estou sempre a analisar os outros
- Explosiva
- Às vezes perdida (começo muita coisa, e raramente acabo)
- Pouco criativa
- Falta-me alguma curiosidade jornalística
- Vaidosa
- Tenho má circulação
- Falta-me "um bocadinho assim" de mamas
- Se tivesse 2kg a mais não me fazia mal..

Ora, contei 27 qualidades e 24 defeitos...não está nada mal!!

Algo que queiram acrescentar, reclamar ou contestar, é favor fazê-lo, no prazo máximo de 10 dias úteis a contar a partir da data da publicação deste post.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

"É por isto que eu quero namorar contigo"

Não sou lá muito de passar horas a navegar na net, confesso que não sou muito de explorar o mundo cibernáutico, mas hoje, já que estava numa de "netar", andei a passear pela blogosfera. E constatei que há por aí muito mais gente interessante do que esperei encontrar e, sobretudo, há muito boa gente que sabe escrever bem, mas bem! E foi uma descoberta boa.
Bom, mas vamos lá ao que interessa! Às tantas, andava eu a cuscar um blog que está "ao lado" deste magnífico espaço cibernáutico, quando dei de caras com a mais gira declaração de amor que me lembro de ter lido.
Está aqui.
E só tenho uma palavra: FANTÁSTICA!

Paraxodos - Parte II

Há uns dias a Yin perguntava "como é possível gostar e não gostar em igual medida?".
A verdade é que é mesmo possível. Mesmo nas relações.
É possível que uma pessoa nos faça sentir tão bem e especial em algumas coisas e, ao mesmo tempo, tão mal e worthless noutras? Sim, é possível.
Numa relação podemos sentirmo-nos tão completas e preenchidas em muita coisa e, ao mesmo tempo, tão vazias noutras.
Confesso que tenho dificuldade em lidar com isso. Para mim, não há nada pior numa relação do que sentir-me sem valor, sentir que a nossa relação não tem nada de especial em relação às anteriores. Que continuam a existir as mesmas dúvidas, as mesmas incertezas, os mesmos medos, as mesmas sensações. A pessoa é diferente, mas o que sentimos é o mesmo.
Já me disseram que sou uma insatisfeita. Talvez seja. Mas nunca me vou contentar com um "suficiente", com um " é real", "gosto e ponto final". Preciso de sentir que, dentro de tudo o que o outro sente por mim, há qualquer coisa que nunca tinha sentido antes. Tenho de saber que, nalguma coisa que eu o faça sentir, eu sou única. Que não existiu ninguém que o fizesse sentir o mesmo.
Ilusão? Talvez. Exigente demais? Provavelmente. Mas eu nunca disse que não o era.
Há quem diga que é do signo. Como boa Virgem que sou, não dou lá muito para o românticazinha, nem para os contos de fadas e castelos no ar, mas tenho uma coisa igualmente tramada: o perfeccionismo. E parece que ando sempre à procura dele. Claro que em vão, uma vez que tal maravilha não existe. É como uma busca pelo Santo Graal: não há maior perda de tempo!
Talvez isso me leve à insatisfação, ao querer sempre mais e melhor. Em tudo na vida. Relações inclusivé.
Mas, temos pena, esta sou eu. E eu preciso de sentir que "encho" o outro, da mesma forma como ele me enche a mim. Preciso de saber que, naquele momento, eu sou "a tal". Mesmo que no momento a seguir já não o seja.
Só desta forma consigo olhar para o outro com os olhos a brilhar e entregar-me com tudo aquilo que sou e que tenho para dar. Só assim consigo afirmar, "neste momento, eu sou tua".

"Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito."
"Livro do Desassossego", Fernando Pessoa

sábado, 15 de novembro de 2008

Amor é...

...Chegar a casa do namorado depois de uma madrugada gelada e encontrar o pijaminha no aquecedor e um par de meias quentes!

:)

Não há coincidências

Numa reunião de trabalho, há uns anos, em que se discutia o guião de uma série, falava-se da possibilidade de a personagem-filha, hospedar-se exactamente no mesmo hotel que a personagem-mãe, cerca de 20 anos antes. Arremata a Directora de Produção:

Coincidências dessas, só na vida real.

Não posso concordar mais!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

"Se isto fosse um país a sério..."

Vale a pena ler...Aqui.
;)

Citação da Noite...

"O retraimento prolongado e a solidão deixam o nosso ânimo tão sensível, que nos sentimos incomodados, afligidos ou feridos por quaisquer acontecimentos insignificantes, palavras ou mesmo simples gestos; enquanto quem vive no tumulto do mundo nem chega a percebê-los."

"Aforismos sobre a Sabedoria da Vida", Arthur Schopenhauer

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Frase da noite...

"Há poucas coisas que me dão prazer na vida...jogar matrecos é uma delas."

Há pessoas com gostos muito estranhinhos!

Pergunta da noite...

O que fazer quando nos apetece tanto chorar e não se pode porque temos a cara com 5 Kg de maquilhagem?


terça-feira, 11 de novembro de 2008

Paradoxos


Como é possível gostar e não gostar em igual medida?

Porque é que...

...não existe um botão para apagar todas as memórias que não gostamos e que teimam em marcar presença?

A ingenuidade é...


:)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Wake up call...

Não sou apologista de grandes mensagens com apelos morais para as grandes questões da humanidade, nem nada que se pareça. Não pretendo fazer de um blog uma reflexão sobre as injustiças mundiais e humanitárias, muito menos dar lições a quem quer que seja. Mas, sinceramente, há coisas que me chocam e que me deixam completamente perplexa. A situação que se vive na República Democrática do Congo é uma delas. Há uns dias, durante uma revista de imprensa, a minha entrevistada perguntou "Mas como é que eu nunca ouvi falar disto e, de repente, quando leio os jornais, já se fala em 1 milhão de desalojados??". E ela tem toda a razão.

Os conflitos entre os rebeldes e as forças pró-governo já provocaram, só em Kivu Norte, cerca de 250 mil deslocados. Só nessa região! A Organização Mundial de Saúde já alertou para a ameaça de cólera que atinge, nada mais nada menos, do que 2,5 MILHÕES DE PESSOAS. Todos os dias, morrem dezenas de pessoas com a doença. E o que eu não percebo é o que raio anda a comunidade internacional a fazer!

Claro que, sempre que falamos de África, há milhares de dados que nos podiam levar a reflexões intermináveis. Mas, não tenho dúvidas, a situação no Congo não é semelhante a outra coisa. E numa altura em que tanto ouvimos falar de soluções globais, concertação de medidas e esforços, nomeadamente para enfrentar uma crise financeira, quando toca ao Congo o lema é "deixem-nos lá resolver os problemas deles".
Hoje ouvi o nosso ministro dos Negócios Estrangeiros dizer que está fora de questão o envio de forças europeias para a região. Porquê? Porque seria "precipitado". É melhor deixar os senhores rebeldes e o governo entenderem-se. Não é que eu defenda que Portugal devia enviar para lá os nossos “geninhos”, mas a pergunta que me apetece fazer ao excelentíssimo Luís Amado é “Ah é precipitado? E não era precipitado quando se tratou de enviar os nossos tugas para o Iraque??”. Pois claro, centenas de pessoas a morrer todos os dias não é comparável à ameaça que o governo de Saddam Hussein representava. Por amor de Deus!

E, enquanto jornalista, deixa-me triste que, para cobrir as eleições nos EUA, se mobilizem centenas e centenas de profissionais da imprensa, televisão e rádio e, perante uma atrocidade destas que se vive no Congo, contam-se pelos dedos das mãos os jornalistas que lá estão. Deixa-me triste que, nos alinhamentos de jornais do prime-time, estejam peças de 3 minutos sobre o novo disco do José Castelo Branco e, sobre o Congo, um textinho de 20 segundos no meio de uma “síntese” do dia. “As pessoas não se interessam por isso”, dizem. E o mais provável é que tenham razão. Mas, desculpem lá, eu não consigo passar ao lado disto e fingir que o Congo fica noutro planeta que não nos interessa.


Kivu Norte, Congo, 2008

domingo, 9 de novembro de 2008

O pensamento em branco

Eu queria. Eu juro que queria dizer umas coisitas com interesse, mas estou com uma branca total na mente. Fiz questão de parar o cérebro por 48h e acho que ele quer continuar adormecido, pelo menos até amanhã. Entretanto, tenho um cinema com o "boy next door". Fica prometido um post à séria!

Gosto da vista... deste lado!

;)

A Maya diz que esta semana...

Carta dominante: XXI O MUNDO
Vai sentir-se muito bem consigo próprio já que todos os seus esforços vão dar os resultados esperados. O MUNDO marca uma semana de conjuntura muito favorável.
PLANO AFECTIVO: As relações existentes tendem a decorrer sem problemas, mesmo que não o demonstrem vão admirá-lo pela sua determinação e confiança.
PLANO ECONÓMICO: Esteja muito atento em eventos sociais; podem surgir novos contactos ou apoios que darão um novo estimulo ao seu futuro profissional. Boa semana para consolidar aspectos económicos.
Na saúde beba muita água.

Se não estiveres certa, levas nos cornos!

De volta ao trabalho...


Depois de um magnífico fim-de-semana à lareira, volta a realidade. O início de 7 dias de trabalho, de muito sono e, esperemos, de muitas notícias para preencher a madrugada.

Devia existir um botãozinho onde se carregasse para ter energia para trabalhar...Dava-me muito jeitinho, já que ela está escassa para este lado.

sábado, 8 de novembro de 2008

A vida lado a lado


Depois de tanto tempo de "vai-não vai", finalmente lá criámos o nosso blog!

"E quem são vocês?", perguntam. Somos duas amigas que, tal como o nome indica, são muito diferentes, mas que se complementam. Temos visões diferentes. Gostos diferentes. A Yin, mais reservada e tímida, é mais ponderada. A Yang, mais destemida e "explosiva", é mais exuberante.

Ainda assim, no final, somos iguais em muita coisa. Lado a lado, vamos tentar dar vida a este blog e, sobretudo, contar o nosso lado da história.



Enjoy it!