quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Jingobé

Este ano, finalmente, tive um Natal normal (dentro do possível). 25 anos depois, não houve jantar com a família psico. Jantei apenas com a minha mãe e os meus irmãos. Yupiiii! Tranquilo e divertido. Abrir as prendas e conversar. Depois, claro está, "Bom Natal, vou trabalhar". Mas até aí tive uma coisa boa e diferente: a minha piquena famelga veio-me visitar ao trabalho e conhecer o estaminé. Foi giro.
A primeira consoada, depois de vários anos, que foi agradável e porreira. Sem fretes. Sem obrigações. Volto a dizer, sem família psico.
Dia 25. Acordar tarde. Picar o ponto na família do namorado. Voltar para a piquena famelga.
Ao chegar a casa, chorei. Fechada na casa-de-banho para que a minha mãe não me visse triste e a chorar no dia de Natal. Chorei pelos desejos frustrados, pelas coisas que não concretizei, pelo que gostava de ter tido este Natal e não tive. Pelo que tenho vivido este ano. Pelo que não vivi. Pelo que dificilmente viverei no próximo. Pela falta de expectativas. Pela falta de acreditar.
Lavar a cara, respirar fundo, sorriso 34 e abrir a porta. De volta à piquena famelga para comemorar o jingobé. Arrumar as prendas. Jantar fora. Voltar ao trabalho.
Just another normal day.
Para o ano há mais.

2 comentários:

Cristina disse...

E de ano para ano, será sempre melhor. Porque os desejos se renovam continuamente e as vontades não se perdem pelos dias.

Jingobé!

;)

MiSs Detective disse...

saber esperar sem desanimar tal como escreveste. nao é para quem quer é para quem pode! e nós definitivamente não temos podido, vamos podendo. de qualquer forma estaremos sempre aqui para ti e para todos os natais :) pâra nos fazermos um pouco mais felizes. happy natal!